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Yoga e caminhada na Mauritânia: uma experiência única entre dunas e oásis

Há lugares que parecem existir fora do tempo. A Mauritânia é um deles: vasta, silenciosa, com horizontes que não têm fim e uma luz que muda a cada instante. No coração do Sahara, este país do noroeste africano guarda o essencial: a imensidão, a simplicidade e a presença.


Em breve a Naturgift irá propor uma nova experiência de yoga e caminhada por estas terras antigas. Mas antes de pensar em itinerários, vale a pena conhecer o cenário onde tudo acontece: um dos desertos mais puros e menos explorados do planeta.


Dunas do deserto da Mauritânia
Dunas do deserto da Mauritânia
Caminhar no deserto mauritano
Caminhar no deserto mauritano

Entre o Atlântico e o Sahara


A viagem começa em Nouakchott, a capital mauritana, um ponto de encontro entre o oceano e o deserto. O porto de pescadores é um espetáculo de cor e movimento: barcos azuis, homens a puxar redes, o cheiro do mar misturado com o vento seco. É uma introdução perfeita à dualidade do país: entre o Atlântico e o Sahara, o movimento e a quietude.


Porto de pescadores de Nouakchott
Porto de pescadores de Nouakchott

De Nouakchott, o caminho segue para o interior, em direção à região de Adrar, o verdadeiro coração do deserto mauritano. À medida que o caminho se faz, a paisagem torna-se dourada, instala-se uma sensação de travessia.


Paisagem em mudança: do Atlântico ao Sahara
Paisagem em mudança: do Atlântico ao Sahara

Imersão nas dunas do deserto


O percurso segue pelo cordão de dunas de Dreyye Malichigdane até Kedyet Ould Salek, entre vales secos e colinas douradas. É uma paisagem em movimento: as sombras dançam nas dunas, as acácias resistem à aridez, e o olhar aprende a distinguir tons de areia. Aos fins da tarde, o yoga acontece em plena natureza. As posturas ganham outro sentido quando o chão é areia fina e o horizonte não tem fim.


Por-do-sol nas dunas da Mauritânia
Pegadas nas dunas douradas de Dreyye Malichigdane
Yoga nas dunas de Dreyye Malichigdane
Yoga nas dunas de Dreyye Malichigdane

Lemoileh e o pôr do sol perfeito


Chegar a Lemoileh é entrar numa pintura. As dunas sobem e descem em curvas suaves, e ao longe, o sol parece repousar sobre o deserto. Aqui, o tempo abranda ainda mais: há espaço para o silêncio, para a respiração, para o espanto. As noites são passadas em acampamentos simples, sob um “hotel de mil estrelas”, como dizem os nómadas.


Por-do-sol nas dunas da Mauritânia
Por-do-sol nas dunas da Mauritânia

Oásis e vida


Viajar pela Mauritânia possibilita uma imersão profunda na serenidade e na força vital que emergem do deserto. Depois de dias entre dunas e ventos, o encontro com os oásis transforma-se em uma verdadeira revelação: o verde das palmeiras, o som suave da água e o perfume da terra húmida despertam os sentidos e recordam que, mesmo nos lugares mais áridos, a vida encontra sempre um caminho para florescer.


As famílias que vivem junto aos oásis cultivam pequenas hortas entre as tamareiras, numa relação de respeito e harmonia com o ambiente, mostrando como a simplicidade pode ser fonte de abundância e equilíbrio. É um cenário que convida à pausa e à introspeção: um espaço ideal para o yoga e a meditação, onde o corpo e o espírito se alinham ao ritmo natural da paisagem.


Viaja-se entre vales e pequenas aldeias dispersas. As comunidades locais acolhem os viajantes com gestos discretos, mas cheios de autenticidade. A convivência revela um modo de vida guiado pela partilha, pela calma e pela sabedoria de quem aprendeu a viver em harmonia com um ambiente exigente. Cada encontro é uma lição silenciosa sobre a humildade e a gratidão.


No final dos dias, quando o acampamento se instala em pontos altos, o horizonte abre-se em toda a sua imensidão. O yoga ao pôr do sol torna-se então um momento de ritual e de comunhão: o corpo acompanha o movimento lento da luz que se apaga, e a respiração funde-se com o silêncio do deserto. É uma experiência que transcende o simples deslocamento físico, é um convite à presença, à contemplação e ao reencontro com o essencial.


Oásis de Terjit
Oásis de Terjit
Guia mauritano no topo de duna
Guia mauritano no topo de duna

Dekhlet Bakar e o último nascer do sol


Em Dekhlet Bakar, o deserto despede-se com suavidade. As horas passam em contemplação: uma última caminhada, uma última prática de yoga, um último silêncio partilhado. Depois, o caminho de volta conduz ao oásis de Terjit, um dos mais belos do país. Palmeirais, pequenas nascentes e sombras frescas acolhem os viajantes. É um lugar de repouso, onde a água corre entre pedras e o corpo agradece.


Oásis de Terjit
Oásis de Terjit

Oásis de Terjit
Oásis de Terjit

Ao regressar a Nouakchott, o mar reaparece no horizonte. Depois de tantos dias de areia, é como reencontrar o início, mas com um novo olhar.


Porto de pescadores de Nouakchott
Porto de pescadores de Nouakchott

Entre o corpo e o deserto


A Mauritânia é um destino que desafia e acolhe. O calor, o vento, o silêncio e a imensidão fazem parte da experiência tanto quanto o yoga ou a caminhada. Cada etapa é uma prática de presença, um convite a escutar o corpo e o lugar. Neste país onde o tempo parece suspenso, o deserto não é apenas um cenário, é um mestre paciente, que ensina a estar, a ouvir e a ser.


A vastidão do deserto do Sahara
A vastidão do deserto do Sahara
Deserto, lugar de introspecção
Deserto, lugar de introspecção

Património e autenticidade


A região de Adrar é também território de história. Próximas do itinerário, cidades como Chinguetti e Ouadane são vestígios vivos do passado caravanista, com ruas de pedra, bibliotecas antigas e mesquitas de adobe. Ambas fazem parte do Património Mundial da UNESCO e lembram que o Sahara foi, durante séculos, um centro de cultura e espiritualidade.


Biblioteca Al Ahmed Mahmoud, Chinguetti
Biblioteca Al Ahmed Mahmoud, Chinguetti

Benefícios desta viagem


  • Reconexão com a natureza: a Mauritânia oferece um dos ambientes mais extremos e belos do planeta, a natureza assume o protagonismo absoluto.

  • Desaceleração: longe das rotas turísticas comuns e do ritmo frenético do modo de vida urbano, este destino permite travar, respirar e estar.

  • Cultura autêntica: visitas a cidades milenares, contacto com paisagens que foram palco de caravanas ancestrais, cultura nómada e história viva.

  • Bem-estar físico e mental: yoga, caminhadas em ambiente seguro mas desafiante, ar puro, silêncio: ingredientes combinados para regenerar.

  • Grupo pequeno e experiência cuidada: a Naturgift privilegia grupos reduzidos para que o acompanhamento seja próximo, o ritmo ajustado e a experiência personalizada.


Yoga nas dunas do deserto mauritano
Yoga nas dunas do deserto mauritano

Dicas práticas


  • É recomendado levar roupa leve para o dia, algo mais quente para as manhãs/noites (o deserto arrefece).

  • Calçado confortável para caminhada em areia e terreno irregular.

  • Protector solar, óculos de sol, chapéu ou lenço para a areia/vento.

  • Noções básicas de etiqueta local (a Mauritânia é predominantemente muçulmana): vestuário recatado, respeito nas vilas e aldeias.

  • Uma mente aberta para imprevistos: o deserto é imprevisível, as paisagens mudam, o tempo e o vento podem alterar planos.

  • Boas práticas de yoga adaptadas ao local: aproveitaremos superfícies naturais, por isso levar um tapete leve ou prancha de yoga dobrável pode ajudar.


    Mauritânia, um dos últimos destinos autênticos do planeta
Mauritânia, um dos últimos destinos autênticos do planeta

Viajar pela Mauritânia é descobrir um dos últimos desertos autênticos do planeta. Não há multidões, não há pressa. Há apenas o vento, a areia e o infinito. E, no meio desse silêncio, há espaço para o essencial: para a respiração, o movimento e a reconexão.


📷 naturgift.pt / mauritanides.com / pexels.com


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